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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Corrida contra o tempo

Em junho vou-me embora de Pequim e digo adeus à China. Na verdade nunca será um verdadeiro “adeus”. Em 2009 passei quatro ou cinco dias em Pequim e mais uns dez distribuídos por Xangai, Hong Kong e Macau. No rescaldo dos Jogos Olímpicos, debaixo de um sol abrasador, uma poluição que não dava tréguas e com a objetiva apontada às praias de Bali e de Timor-Leste (onde fomos viver cerca de 1 ano), não nos passava pela ideia que um dia cá voltaríamos. Nunca digas nunca!…já lá diz o velho ditado popular. Mesmo que não volte a pisar solo chinês, este país estará para sempre gravado na minha memória e continuarei a seguir com toda a atenção o que por aqui se passa. Restam-me, portanto, cinco meses para fazer tudo aquilo que ainda me falta fazer, visitar o máximo que puder e despedir-me fisicamente de cada pessoa, cada esquina, cada café, cada mercado, cada parque que me arrancou um sorriso e me fez dar graças por aqui estar e aqui viver. Cinco meses parece até uma eternidade mas acreditem que o tempo passa a voar. Então não é que ainda agora aqui cheguei e já estou a pensar na hora da despedida? Como é que dois anos e meio passaram tão rápido?

Lembram-se das listas que aqui partilhei convosco há uns meses? 

Pois bem! Fiel aos meus princípios de moça de palavra meti pés ao caminho e lá consegui organizar umas saídas em família para que fossemos colocando uns p em algumas coisas. No outono fomos ao parque Fragrant Hills admirar o espetáculo outonal das folhas vermelhas e admirar também as filas intermináveis de trânsito só porque metade de Pequim decidiu fazer o mesmo que nós; Lá consegui atingir a marca das dez visitas à Grande Muralha - feito que faz de mim uma garota muito orgulhosa. Acho mesmo que deveria existir alguma espécie de medalha para isto. Vocês não concordam? Como não há duas sem três consegui ainda arrastar-me (e aos meus pais) num único, singelo e gelado dia de janeiro até aos parques Jingshan e Beihai. Meus caros leitores…vocês não sabem o que é sentir frio até subirem ao topo destes dois parques com temperaturas negativas e um vento forte, gélido e cortante! Consegui sobreviver e, como recompensa, enfartei-me de comida chinesa e água quente mas nem assim consegui aquecer o corpo ou enjoar-me de comer “jiaozi”, “baozi” e “hamburgueres chineses”. Infelizmente não fui visitar o Palácio de Verão depois de um nevão, simplesmente porque ainda não nevou este inverno em Pequim!

Para os próximos tempos estão programadas outras saídas e, quem sabe, mais uma ou outra ida à minha amiga Muralha, aproveitando o facto de termos familiares/amigos que nos vêm visitar em breve!

Por falar em visitas de familiares…como posso eu não falar sobre a visita dos meus pais que se foram embora no início desta semana? Mais um mês e meio de aventuras repartidas por Pequim e as Filipinas naquelas que foram umas férias em família à maneira. O primeiro Natal e Ano Novo que os meus pais passaram fora de Portugal e com calor. Ainda me lembro do primeiro Natal que passei fora de casa e foi logo no calor de Bali. São experiências para nunca mais se esquecer. A presença deles cá valeu milhões. Nenhum dinheiro vale tanto como poder ver os meus filhos felizes a brincar com os avós e eles derretidos de mimos pelos netos. Essa felicidade pura não se compra com cartões de crédito ou débito e vale tudo quando se passam tantos meses de afastamento físico. Para eles, que seguem religiosamente este blog, fica um beijo enorme de gratidão por TUDO! E um “até breve” que junho e os Santos Populares estão quase aí a bater à porta.

Até lá sigam as minhas aventuras pela China…Beijinhos a todos e um excelente 2018!


Parque Fragrant Hills   
Brinde de Natal em Boracay (Filipinas)

Feliz Ano 2018 em Cebu (Filipinas)
9ª visita à Grande Muralha (Simatai)
Beihai Park

Vistas do topo do Jingshan Park

O famoso e delicioso hamburguer chinês